domingo, 26 de outubro de 2014

Um de nós

Amor não se cobra, não se implora e não se pede.
Agora entendo as coisas de um jeito bem mais calmo e bonito. Não foi... não era pra ser. E mesmo que nunca seja, foi bom e fez crescer. Desculpa se minhas palavras soam tão confusas quanto você.
Finalmente encontrei serenidade ao encontrar você. Vejo que consegui guardar o amor ou o que eu pensava ser amor dentro de uma caixa preta na minha memoria.
Porque agora é calmaria tudo que já foi dor e desespero. E talvez você estivesse certo, sempre. Ou talvez eu tenha aprendido com você a criar muros e barreiras pra tudo que há em mim. Que essa tua indiferença me amadureceu.
Que num próximo dia, na próxima temporada das nossas vidas, um outro alguém desarme esse teu coração porque eu cansei de brigar sozinha.
Um de nós vai sentir a falta de um de nós. E pela primeira vez, não serei eu.

domingo, 19 de outubro de 2014

Reviravolta

Reviravolta.
Se revirar, volta?

Tudo que eu ainda te digo

Quando você me perguntou como poderia acreditar que eu mudei. E eu não tive resposta. Eu sou a mesma pessoa que você deixou. Com alguns machucados novos. Mais destemperos. Não podia falar pra você que ia fazer sentido.
Não respondi que amadureci uns 10 anos nesses últimos meses. Ou que eu mudei muito e um tanto quando me vi só e sem ninguém. Quando entendi que no final a vida é mais frágil que uma flor. Que a gente nunca sabe, nem imagina  que pode esperar do amanhã. Foi quando eu vi tudo que eu sou indo embora. Quando eu me senti perdida e o único abraço que eu queria, não tava por perto. Foi quando eu me vi sozinha e só. Com medo do mundo. Foi quando a minha vida desmoronou e você não me deu a mão. Foi quando você esteve do meu lado na pior parte dos meus dias. Foi quando meu melhor amigo não quis saber de mim e você se fez meu melhor amigo. Foi quando eu não merecia seu carinho e você me deu. Foi quando eu sentia o seu medo em se machucar e te vi assustado.
Só assim percebi que você faz parte desse hall de poucas pessoas que realmente importam na vida, quando te vi com medo e não senti minha mão sendo apertada. Foi quando eu reparei que tinha deixado o meu amor ir embora.
Finalmente, entendi o que significava Amar. Foi quando eu entendi que status, problemas e brigas são pequenos demais perto do companheirismo, do carinho, da dedicação, da amizade, da alegria e do amor.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Foi...

Como se eu fizesse uma promessa lúdica toda vez.
É como se só por querer o oceano fosse capaz de secar. Por puro capricho. Por puro egoísmo. Pelo meu bel prazer.
É o que acontece toda vez que estufo o peito e saio maldizendo por ai que "Dessa vez acabou! Não tem jeito. Não tem volta!".
Como se só por acreditar que isso pudesse ser o melhor, fosse torná-lo realmente o exato.
É como toda vez que me derramo em suor e peço pelo frio.
É como toda vez que fujo e corro.
É como toda vez que insisto que não é amor.
É como todas as vezes que já me perguntei "Afinal, o que é gostar de alguém?"
É como quando mudei minha capa para "E hoje em dia como é que se diz eu te amo?" quando queria dizer que:
Eu não sei amar. Eu não sei o que é amor. E as vezes até duvido que esse lance todo realmente exista. Mas se o amor existe, ele é o que eu tenho por você. Era o grito no vazio que eu queria soltar com letras que diziam "Eu te amo. Vai conhecer o mundo e promete que volta. Eu te espero!".
É que toda vez que eu tento sair desse ciclo vicioso, eu caio de novo.
É só pedir um pouco pra Deus acalmar meu coração que ele te manda como um escape.
É como saber que era pra ser mas não foi.
É saber que é amor mas não podia ser.
É saber que você que a única pessoa que me entende pra tudo, não me entende pra nada.
É saber que você é a maior contradição da minha vida.
É que você é a junção imperfeita dos meus sonhos e dos meus medos.
Ou talvez seja por isso. Por ser imperfeito. E por ser aquele lance da vida que diz que a gente tem que crescer e amadurecer.
Foi quando eu entendi que já era tarde pra querer cuidar do seu jardim.


quarta-feira, 6 de agosto de 2014

O que eu não disse

Oi! Tudo bem?
Isso eu disse!
Só não falei sobre esse mês que já passou. Nem sobre todas as expectativas e medos que me apertaram o estômago. Nem que eu não sei mais se quero morar sozinha pra sempre. Nem se quero me mudar pro outro lado do mundo. Nem que meu irmão nasce daqui a um mês. Lembrei que ele nunca vai conhecer esse seu jeito sem jeito de ligar com criança. Lembrei que a minha afilhada te amo e no início perguntava por você todo dia estranhando a sua falta. Também  não disse que pra mexer comigo, ela falava que você era o namorado dela e que iriam casar. Ela sentia que o conjunto eu-você-namoro ainda renderia casamento. Só que ela logo entendeu que não tem volta, você não volta. Você não liga. Você não escreve. Não fala. Não demonstra. Não sente. E disse: Quem vai ser o nosso namorado agora? 
E outros apareceram e tentaram me conquistar através dela. Mas isso não adiantou. Nosso coração já tinha dono e ainda tem.
Não te falei que meus amigos apostaram comigo que ainda voltava e voltava correndo, chorando e tentando te convencer que no fundo eu sou a gente até no raso.
Eu sou orgulhosa e bravejo aos 4 cantos e 7 ventos que não volto, que nem se você encenasse minhas músicas preferidas do Caetano. E rezo e torço e peço pra que Universo perdoe meu orgulho ferido. que nada disso aconteça. E que você volte com a cara lavada de quem não sabe o que fazer, nem o que dizer e me dê um abraço apertado com sabor de eu te amo e sei que é você.
Esqueça minhas músicas, meus filmes franceses dramáticos e românticos. Só não esquece de mim e que não importa quantas vezes eu fuja, você sempre será meu porto.
É que não esqueço que te amo.
Só respondi: Tudo e com você?
Procurei outro conhecido e fugi com olhos de saudade e coração em lágrimas.
Até um futuro e que ele exista.


quinta-feira, 2 de maio de 2013

Em aberto


Procurei, procurei e não encontrei título melhor. Em aberto. Estamos sempre nós. Dois.
Pela décima vez, paro na primeira linha.
Vinte vezes ou mais, tentei escrever sobre o agora de nós.
Eu que só sei escrever sobre angústias. Não tenho outro desejo que não seja de amor. Puro. Leve.
O amor. Desses que movem. Arrastam. Carregam e regeneram a gente.
Por mais complicada que seja, a nossa história tem uma beleza que não é a desses clichês norte americanos.
Marcamos a vida do outro de uma forma que nem no auge da imaginação, cogitaríamos...
Devo muito disso a você que poderia ter ido embora quando eu pedi ou em todas às vezes que tentei te expulsar da minha vida. Você que deveria ter sumido. Mas optou por permanecer.
Você que preferiu trocar o 'pra sempre' pelo agora. E tem me mostrado que o presente tem sido muito melhor que o passado e que o futuro tem um grande problema na mão caso queira superar o nosso agora.
Você me ensina a crescer a cada dia. E como crescemos...
Somos quase outras pessoas. Nos transformamos e estamos tentando amadurecer cada dia mais, só que sem pressa, dessa vez.
Você tem me ensinado que a pressa anda na contramão de tudo aquilo que é bom.
Você me fez entender que todos temos zilhões de problemas mas podemos escolher entre remoer a dor ou aceitá-la e superá-la.
Você que sempre trouxe meu melhor e pior lado à tona, me faz descobrir a cada dia como é bom ser especial pra alguém e ter alguém especial pra nós.
Já passamos dessa fase de adjetivos. O que eu sinto, hoje, é muito mais forte e chavão do que jamais imaginei.
Sofremos um bocado juntos e mais ainda longe. Não estou dizendo que a felicidade de um depende da companhia do outro. Longe disso. Mas o apoio sempre torna as coisas um pouco menos complicadas.
Sempre fui feliz e você também. Só que juntos a vida tem mais encanto.
Um boa noite que muda o sono. Um bom dia que carrega sorrisos. Mas que vem sem obrigação e que vai com a mesma leveza.
Você com todos os imperfeitos pretéritos, mais que perfeitos, invadiu o meu presente, o meu agora.
Quero ser tudo de bom que tens sido e significado pra mim.
To arriscando tudo e mais um pouco. Apostei minhas fichas, todas que eu tinha e que não tive também.
Eu que sempre fugi de riscos, do amor, da entrega, to aqui de braços abertos esperando o seu abraço, seu sorriso bobo e esse seu jeito manso.
E tudo que eu quero te dizer é que:



segunda-feira, 8 de abril de 2013

Querido,


eu só não largo tudo e saio correndo até ai porque eu sei que vai ser tudo igual.
É que eu não sei ser diferente. É óbvio que a gente aprendeu e agora só sabe gostar da gente.
Só que a gente é pesado demais. É duro demais. É dor demais. A gente só sabe fazer igual.
É que eu ainda não consegui descobrir o que é menos pior, menos doloroso, se é você ai e eu aqui, cheios de fotos em mesas de bar, cheios de saídas com amigos, cheios de vazio, cheios de dor, cheios de mágoas, cheios de saudade ou se é a gente tentar de novo, e passar tudo de novo. E de novo. E de novo.
É que eu não sei se to pronta. Acho que nunca tive. E você também. É que até a gente que é tão diferente consegue ser tão igualzinho nisso!
Já me pediram pra parar de ter tanto você nas minhas linhas mas é que só sei escrever sobre que tá me martelando e maltratando.
Poderia e posso falar sobre as Andinas, as Coreias ou sobre o cara que morreu mas eu to aqui falando sobre um desses casais que tinham tudo pra dar certo mas nunca deram.
A nossa história é mais batida do que o final das novelas da Globo. Oxalá, meu bem, que um dia ainda será, juntos ou não.
Mas não adianta só falar, escrever e querer. Tem que ir atrás, meu bem.
E esse nunca foi nosso forte.
O meu é fugir, sair correndo, pedir e querer me esconder, e brincar de pique esconde.
E o seu é não saber o que fazer, não sabe se fica atrás, não sabe se dá um tempo pr'eu pensar.
E nessa a gente nunca soube ser a gente.
E eu to aqui ouvindo a banda que você me viciou. Eu to aqui calada e distante. E você tá ai
e nem sei como está. Me dão notícias, me contam coisas. E eu não sei se acredito nessa fachada de homem duro e sem coração ou no que ando ouvindo.
Não sei até aonde a gente mudou. Não sei se é costume, apego ou se é amor.
Não sei quanto a você, mas eu já entendi que distrações de fim de semana apenas remediam o vazio, solidão, carência, falta de amor, falta de você ou seja lá o que isso quer dizer.
De fato, um dia descobriremos qual caminho tomar.
Com amor!

Compartilhe